ENTREVISTAS

DOUGLAS NANTES, PROMOVIDO A ÁRBITRO NACIONAL, EM ENTREVISTA EXCLUSIVA

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Competente, trabalhador, estudioso, excelente profissional nas mais diversas áreas que atuou, esta jovem promessa da nossa Arbitragem, além da responsabilidade de suas funções, tem sempre em mente a fé em nossa Padroeira, a Nossa Senhora Aparecida e Deus em seus caminhos.

            Este jovem de apenas 25 anos que já trabalhou na Polícia Militar do estado de São Paulo, é graduado em Educação Física e que também leciona em Academia, é árbitro da Federação Paulista de Basketball - FPB ;
Federação Paulista de Basquete Sobre Rodas – FPBSR e

Árbitro Nacional da Confederação Brasileira de Basketball – CBB.

            Ele é DOUGLAS NANTES, responsável pela formação cívica de cidadã de centenas de crianças e jovens que tiveram a oportunidade de tê-lo como Mestre. Recém-chegado á categoria de Árbitro Nacional e sonha em chegar á Árbitro Internacional.

            Acompanhe a entrevista que Douglas, gentilmente me concedeu narrando um verdadeiro caso de amor ao basquete.
 

 Douglas, quero que você fale um pouco de sua vida como árbitro, desde quando começou até chegar hoje, um grande árbitro na categoria NACIONAL.

 Olha Marcos, muito obrigado pelo grande... Mas para isso preciso comer muito arroz, feijão e farinha ainda (Risos). Preciso amadurecer muito enquanto árbitro, e apitar algumas competições, mas com fé em Deus um dia serei merecedor deste “Grande”. Minha vida como árbitro, é feita de estudos, treinamentos físicos e muito trabalho. No começo, eu apitava para poder me manter no basquete, esporte que eu amo, e também poder realizar o sonho de cursar uma faculdade de Educação Física já que meus pais não tinham condições de pagar para mim. Desde a primeira vez que eu apitei, eu mirei no topo e em cada degrau que eu deveria subir para chegar lá. Com muito trabalho, dedicação e sem pular etapas, aos poucos estes degraus estão sendo superados, e um dos meus objetivos que era me tornar árbitro nacional com 25 anos, graças a Deus eu consegui conquistar.

E quando começou a gostar de basquete?

Acho que como muitas crianças dos anos 90, comecei a gostar de basquete quando assisti o filme “Space Jam” com Michael Jordan. Mas o que foi determinante para eu amar o basquete foi quando eu ganhei um videogame usado. Certa vez este videogame queimou, e fui com a minha mãe até uma assistência técnica para arrumar. Como este videogame já era muito velhinho, o rapaz da assistência técnica sugeriu fazermos uma troca. Ele me daria um videogame Mega Drive 3 usado também, porém em bom funcionamento e eu daria o meu Nintendinho e voltaria mais algum dinheiro. Minha mãe concordou, e fui com o videogame novo para casa. Meu primeiro jogo neste videogame foi um cartucho chamado “Lakers Vs. Celtics”. Eu gostava muito de jogar este jogo, pois tinha grandes nomes como Magic Jonhson, James Worthy, Lary Bird ... Mas meu jogador favorito, e titular sempre no meu Lakers era o Mark McNamara. Podemos dizer que o maior responsável pelo meu amor ao basquete foi o Mark Mcnamara.

Você já jogou basquete?

 Sim, joguei basquete durante 5 anos da minha vida apesar de nunca ter sido um grande jogador (Risos), eu tinha muita raça para jogar. Passei pelas equipes CFE JANETH (SANTO ANDRÉ), MENINOS F.C. (SÃO BERNARDO DO CAMPO) , ESPORTE SÃO BERNARDO BASKETBALL e por último SAJAB / BARUERI. 

 Qual é o caminho para chegar a ser um árbitro da categoria Nacional?

 Primeiro, a pessoa deve se inscrever no curso de arbitragem da federação do seu estado. No meu caso, foi a federação paulista. Feito o curso, sendo aprovado na teoria e sendo aprovado também no teste físico, você se torna um árbitro regional da sua federação. Com o decorrer do tempo e dos jogos, você vai adquirindo experiência e maturidade. Será submetido pelo menos uma vez por ano a provas teóricas e ao teste físico. Com isto, você vai sendo promovido e quando o diretor de arbitragem da federação no qual você pertence achar que tem condições de ser promovido para árbitro nacional, ele te dá uma indicação para uma clínica promovida pela CBB em algum estado. Nessa clinica da CBB, serão três dias de provas práticas, teóricas, teste físico e entrevista. Você conseguindo uma nota satisfatória em todas estas provas, você é promovido para o quadro de árbitros da Confederação Brasileira de Basketball.

Qual é a emoção de ser um árbitro Nacional e quais são seus planos para este ano?

 A emoção é indescritível. Demorou pra cair a ficha que eu havia sido promovido, talvez nem caiu ainda (Risos). Mas posso dizer que é uma coroação de todo um trabalho já feito, com muito amor, dedicação e suor. Para esse ano espero fazer um excelente campeonato paulista tanto de base como adulto, para que eu seja indicado e merecer uma oportunidade na Liga de Desenvolvimento do Basquetebol – LDB.

 Existe alguma situação que é mais difícil de apitar?

 Situação de jogo se você estiver bem preparado tecnicamente, não. Porém é muito difícil apitar quando estamos com algum problema particular. Algumas vezes, é quase impossível esquecer o que aconteceu fora da quadra. Por isso creio que quando o psicológico não está tão bem, é mais difícil de apitar. Procuro sempre manter uma concentração antes, durante e após o jogo para que os problemas particulares não afetem o meu desempenho dentro de quadra.

 Apitar jogos masculinos, femininos, categoria de base, o árbitro tem atuação diferente em cada situação?

O princípio das regras é o mesmo para todos eles. Porém, temos que fazer uma leitura de jogo para decidir o que será melhor para cada partida, não importando a categoria e nem o gênero. O que será determinante para a atuação do árbitro, é como os jogadores se comportam e como jogam o jogo.

Para quem você dedica esta conquista?

 Dedico aos meus pais (Nalva e João), a minha namorada (Giovanna), aos meus verdadeiros amigos que sempre torceram por mim, aos meus companheiros de trabalho da federação paulista em especial a um grande amigo e árbitro Rafael Vidal, aos meus professores de arbitragem (Renatinho, Tatiana Steigerwald, Fátima Ap. da Silva, José Carlos Pelissari e Andréia Regina Silva), ao diretor de arbitragem da FPB Sr. André Luiz de Almeida , nosso presidente da FPB Sr. Enyo Correia. Mas principalmente Marcos, dedico a conquista da minha promoção a árbitro nacional para Deus e Nossa Senhora Aparecida, que sempre me abençoaram para que eu chegasse aqui.

 Qual foi seu jogo inesquecível?  

 Final da categoria especial feminina dos Jogos Abertos de 2013, o jogo foi entre Ourinhos / Colchões Castor x Unimed Americana. Eu fui o 2º árbitro mais jovem da história dos jogos abertos a ter apitado uma final da categoria especial. Apitei com 22 anos. O mais jovem a ter apitado, foi o Renatinho com 18 ou 19 salvo engano.

 Existiu alguma situação inusitada acontecida com você, em seu trabalho?

 Uma vez eu estava apitando uma competição universitária, e tive que dar um tiro para poder chegar a um contra-ataque. A quadra estava molhada próximo a um dos bancos, e eu não tinha visto. Quando pisei na poça de água, eu escorreguei e cai sentado no colo da técnica do time. Fiquei com muita vergonha na hora, e ao final do jogo ela foi até mim e pediu para me dar um abraço (Risos).

 Como é apitar um jogo de cadeirantes? As regras são bem diferentes?

 Apitar um jogo de cadeirantes é bem difícil no começo, mas os princípios básicos do basquete são os mesmos. O que muda é entender os contatos das cadeiras e as trajetórias dos jogadores para conseguir um espaço na quadra. É como uma briga de trânsito, você tem que entender quem chegou primeiro e quem foi o causador do contato. É difícil sim, porém é muito gratificante quando você começa a entender o jogo, e como conduzi-lo.  

 Você espelhou em algum árbitro?

 Sim, em muitos. Procurei pegar o que eu encontrava de melhor neles. Espelhei-me no meu primeiro professor de arbitragem  Renatinho (Carlos Renato dos Santos), no qual foi a minha primeira referência de árbitro completo. Sempre gostei muito da postura e elegância do Jonas de Carlo Pereira e do Vander Lobosco Jr. Gosto muito da parte disciplinar da Andréia Regina Silva. Mas em minha opinião o espelho para todos os árbitros do Brasil deve ser o Cristiano Maranho, além de ser um dos melhores do mundo, é o árbitro mais humilde que eu já tive o privilégio de conversar e ver apitar, mesmo ele na época sendo considerado o melhor do mundo. Fora do Brasil, meu grande ídolo na arbitragem sempre foi o Luigi Lamônica, da Itália.

 Antes de você ser um árbitro, você é professor de Educação Física. Como você trabalha com uma criança, da mais tenra idade, para que ela veja a importância da Educação Física, e como ela venha gostar do esporte?

 Na escola, não podemos obrigar uma criança a praticar qualquer modalidade, mas podemos despertar nela o desejo de praticar um determinado esporte, apresentando nas aulas as mais diversas modalidades. Isto é feito através de brincadeiras e pequenos jogos, para que com um olhar clínico possamos observar para qual modalidade uma determinada criança tem mais pré-disposição. Diante disto, começamos a incentivá-la mais a fundo, e ensinando coisas novas sobre aquele esporte, e se a criança levar mesmo jeito para a coisa conversamos com os pais e sugerimos que eles matriculem esta criança em alguma escolinha daquela modalidade que a criança gosta. É desenvolvendo o gosto por brincar, por jogar que as crianças vão aprendendo conforme vão crescendo a importância da prática das atividades físicas.

 Sabemos que a base é tudo, o que falta à Escola proporcionar ao seu aluno, um aprendizado e um amor ao esporte, partindo dos fundamentos?

 Olha Marcos, enquanto Professor de Educação Física e Árbitro de Basquete, eu sinto uma carência muito grande nas escolas, de Professores que formem o aluno cidadão. O que quero dizer com isso? Que os professores de Educação Física não podem concentrar seus esforços apenas para formar o aluno – atleta ou até mesmo ir lá apenas ministrar sua aula e ir para casa. Mas sim ajudar a formar o homem e a mulher de bem. A nossa sociedade como um todo está muito carente de valores, e o esporte é uma arma fundamental para educarmos as crianças e jovens. Criou-se um estereótipo de técnico tem que ser ranzinza, bravo, gritar com os alunos no jogo... E o professor de Educação Física quando vai a alguma competição escolar, agindo desta maneira em todo o tempo, acaba por passar um mau exemplo aos seus alunos – atletas. Se o Professor de Educação Física através dos seus treinos, aulas curriculares, jogos e etc. não ensinar e mostrar aos alunos o que é o respeito ao próximo, o companheirismo, a educação e a disciplina, muitas vezes pode gerar um aluno que se torne uma pessoa arrogante, prepotente e que se ache acima das leis da sociedade. O professor é para muitas crianças e jovens, uma pessoa no qual eles se espelham e muitas vezes somos responsáveis por educar esses alunos, quando são carentes de educação caseira. Por isso, é fundamental que as escolas tenham essa consciência ao contratar estes profissionais de Educação Física, e que os professores tenham a noção de que antes do atleta, ali está o futuro da nossa sociedade. Então cabe a ele, tentar formar através do esporte, o melhor ser humano possível.

 

COMPETIÇÃO DE TRÊS PONTOS

Uma cidade: Lucélia – SP

Um país: Alemanha

Uma Música: Sultans of Swing – Dire Straits

Prato preferido: Pizza

Imprensa: Quando é feita por profissionais sérios como você, meu amigo Marcos, é a luz que trás a verdade para os olhos da população.

Um sonho realizado: Graduar-me na Universidade;

Um sonho a realizar: Tornar-me árbitro internacional de basquete;

Uma mulher bonita: Minha namorada Giovanna Pittarello;

Deus: Princípio inteligente do universo causa suprema de todas as coisas e nosso pai.

O que mais gosta: Da simplicidade;

O mais detesta: Funkeiros e Petistas (Risos);

A cesta mais certeira de sua vida: Ter prestado um concurso para a Policia Militar do Estado de SP, trabalhar lá durante 1 ano e com isto ter conseguido ingressar na Universidade de Educação Física e  ter me formado.

Douglas, quero de deixe uma mensagem para meus leitores: “Nunca deixem que digam que você não é capaz de conseguir algo. Se você acreditar no seu potencial, tiver força de vontade para lutar e não desistir no primeiro revés do destino, você conseguirá realizar o seu sonho. E se não conseguir, é melhor chorar por não ter atingido o seu objetivo, do que conviver com a vergonha de nunca ter tentado. Lembre-se: O que Deus põe a mão, ninguém é capaz de derrubar”.

Douglas, agradeço sua gentileza em conceder esta entrevista e  o carinho pelo meu trabalho. Fico aqui na sua torcida para que você consiga atingir, muito em breve, seus objetivos.

Fotos: arquivo pessoal de Douglas Nantes

Profº Douglas Nantes de Oliveira (Educação Física)

Árbitro Nacional da Confederação Brasileira de Basketball - CBB;
Federação Paulista de Basketball - FPB
Federação Paulista de Basquete Sobre Rodas - FPBSR.

 

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